“Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis. Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas” (Hebreus 6:10-12).

Deus não é injusto para esquecer da nossa fé, do nosso trabalho, da nossa obra, do nosso esforço, das madrugadas que você passa orando e clamando pela sua família. Ele está olhando para você e ouvindo o seu clamor.

A palavra diz que nós temos que mostrar esse cuidado (essa fé) até o fim, ou seja, até sermos abençoados. 

E o que a gente percebe são pessoas desistindo no caminho. Algumas estão tão perto de serem abençoadas e, de repente, elas desistem achando que Deus está sendo injusto com elas, que Ele não vai abençoar e que não irá atender os seus clamores.

Mas não podemos ser negligentes, temos que ser imitadores dos que, pela fé e paciência, herdaram as promessas. 

Não seja precipitado

No caso de Abraão, quando Deus fez a promessa de que ele seria pai de multidões, por meio de um filho que sua esposa Sara geraria (Gênesis 15:4-6 e Gênesis 17:4-6), por ser de idade avançada, ela não acreditou.

Essa falta de paciência e confiança na promessa de Deus, fez Sara se precipitar e mandar o marido se deitar com a escrava Agar para ter um filho (Gênesis 16:1-16).

O resultado foi que Ismael nasceu e acabou se tornando um grande problema para a posteridade porque dele descenderam povos que se tornaram inimigos do povo de Israel.

Nós também, quando deixamos de acreditar nas promessas de Deus, isto é, no que a Sua palavra diz sobre nós e para nós, nos precipitamos e começamos a fazer as coisas do nosso jeito impedindo Deus de agir nas nossas vidas. Tudo por falta de paciência.

Mas temos que ter calma e esperar em Deus. A paciência é uma virtude que nos é dada por meio do Espírito Santo. Só quem crê verdadeiramente na palavra de Deus, consegue ter paciência.

Retenha firme a sua esperança naquele que fez a promessa

Mais adiante no livro de Hebreus a palavra diz:

“Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento, para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta” (Hebreus 6:17-18).

O Espírito Santo nos consola enquanto a bênção não chega para que tenhamos paz. Ele sempre vai dizer no nosso entendimento:

“Tenha paz, tenha paciência, espere mais um pouco”.

Ele sempre irá nos consolar dizendo que não é o fim, que enquanto há vida, há esperança. 

E a palavra continua:

“para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu” (Hebreus 6:18-19).

Perceba que a palavra está nos ensinando que a nossa esperança tem que ser como uma âncora. Se você for observar a força de uma âncora, vai ver que ela consegue segurar navios enormes. Isto significa que, por maior que seja a tormenta e agitação do mar, ela consegue segurar o navio onde está ancorado. 

Da mesma forma deve ser com a nossa fé. Temos que fincar a nossa âncora (esperança) em determinado lugar e não sair dali, como fez Jacó que lutou com o anjo até que fosse abençoado (Gênesis 32:22-29).

Devemos ter essa mesma ousadia ao buscar pelo nosso milagre, ou seja, não desistir enquanto ele não acontecer porque, se Deus prometeu, Ele vai cumprir:

“retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (Hebreus 10:23)

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